Em Souro Pires, ganhou destaque nos séculos centrais da Idade Média o lugar da Quinta do Ervilhão. A poente da sede da freguesia, foi a cabeça de um pequeno couto criado provavelmente no século XII e extinto apenas em 1820. Alguns autores atribuem a Ervilha e ao seu senhor, D. Pêro Ervilhão, a origem de Souro Pires. No século XV, isto seguindo sempre a documentação oficial, existiu também na povoação uma coutada da família dos Coutinhos (Marialvas), o que mais uma vez vem comprovar as tradições nobiliárquicas da povoação.
Da mesma época é igualmente - e aqui entramos no património edificado de Souro Pires - o paço do mesmo nome, atribuído aos Távoras. É uma das mais espectaculares casas senhoriais do concelho de Pinhel, classificada como monumento nacional. Mandado edificar no século XV por D. Soeiro Pires de Távora, quase se assemelha a uma fortaleza, com o seu corpo central em granito maciço (do qual saem algumas janelas maineladas em mármore rodeadas de florões e ornatos lavrados) e os dois torreões laterais. Num destes torreões, encontra-se a capela, com um portal simples de arco de volta inteira. Conserva ainda no seu interior uma imagem de pedra quinhentista, em madeira, que representa a Senhora da Esperança. Diz-se que foi erguido pelos Távoras, embora não haja certezas que o confirmem.
Sabe-se, isso sim, e voltamos aqui à história da freguesia, que depois da morte do último conde de Marialva, D. Francisco Coutinho, o infante D. Fernando passou a ser o senhor do conde de Ervilhão.
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